Maçonaria

15-12-2015 19:38
INTRODUÇÃO 
 
A Maçonaria é talvez um dos maiores alvos da curiosidade de várias pessoas há tempos. Sendo uma sociedade fechada, ela se auto define como segmento filantrópico, filosófico, educativo progressista. O interesse pelo que está oculto tem atraído muitos a ela.
 
Esta sedução não se limita apenas a homens não evangélicos, mas infelizmente é algo que está se alastrando há anos em alguns segmentos da Igreja. Tamanha é a inocência de alguns líderes, que muitos não somente fecham os olhos para a coisa, como também participam como "bons maçons". 
 
"Meu povo está sendo destruído porque lhe falta conhecimento". Oséias 4:6
 
É preciso uma análise minuciosa acerca dessa entidade, para que se saiba com que se está lidando. Um posicionamento contrário em meio a Ignorância não é o bastante. É necessário conhecimento de causa.
 
Portanto este é o intuito deste trabalho, onde analisaremos a Maçonaria para que possamos rechaça-la. É preciso tirar a pele da suposta ovelha para que vejamos o lobo. 
 
ORIGEM E FUNDADORES
 
Pouco se sabe a respeito da origem e fundadores da Maçonaria.
 
Os Maçons (pedreiro em francês) são quase que um sindicato em seus primórdios. Chamada Maçonaria Operativa nesta época desenvolveu-se com o passar dos séculos, não se restringindo mais apenas a artesãos, mas tornando-se aberto a outros grupos da sociedade. Nasce assim a Maçonaria Especulativa.
 
A HISTÓRIA DA MAÇONARIA
 
Os estudiosos e pesquisadores maçônicos, via de regra, dividem a história da Maçonaria em três períodos:
 
1. Maçonaria Primitiva;
2. Maçonaria Operativa;
3. Maçonaria Especulativa.
 
A Maçonaria Primitiva, ou “Pré-Maçonaria”, como entende André Chedel, citado por Vanildo Senna em “Fundamentos Jurídicos da Maçonaria Especulativa”, abrange todo o conhecimento herdado do passado mais remoto da humanidade até o advento da Maçonaria Operativa e, por sua vez, é dividida em nove fases sucessivas, a saber:
 
1. Mistérios Persas e Hindus;
2. Mistérios Egípcios;
3. Mistérios Gregos dos Cabires;
4. Mistérios Gregos de Ceres ou Demeter;
5. Mistérios Judaicos de Salomão;
6. Mistérios Gregos de Orfeu;
7. Mistérios Gregos de Pitágoras;
8. Mistérios dos Essênios;
9. Mistérios Romanos.
 
A Maçonaria Operativa, que se estende por toda a Idade Média e a Renascença e termina com a fundação da Grande Loja de Londres, compreende a história dos operários medievais, construtores de basílicas, catedrais, igrejas, abadias, mosteiros, conventos, palácios, castelos, torres, casas nobres, mercados e paços municipais. Por vezes protegidos pelos Papas e deles dependentes, os Maçons operativos eram essencialmente católicos.
 
A fundação da Grande Loja de Londres determina, portanto, o fim da Maçonaria Operativa e marca o início do terceiro período da história da Maçonaria, a Maçonaria Especulativa ou Maçonaria dos Aceitos ou, ainda, como disse Nicola Aslan, "da Maçonaria em seu aspecto atual de associação civil, filosófica e humanitária". Sobre a transformação da Maçonaria Operativa em Maçonaria Especulativa, diz-nos Vanildo Senna:
 
"A esta transformação os ingleses dão a denominação de Revival, que significa renovação, renascimento, datando-a de 1717. O adjetivo "especulativo" só foi aplicado aos Maçons "Aceitos" em meados do século XVIII. Esta denominação de "especulativo" era dada, no século XVII, a toda pessoa propensa à contemplação e à meditação. O "especulativo" era o idealista e não o homem de ação ou profissional. Eram homens cultos, naturalistas, eruditos e historiadores."
 
Com a transformação da Maçonaria Operativa em Maçonaria Especulativa surge, no ano de 1723, a primeira Constituição Maçônica, elaborada pelo Irmão Reverendo James Anderson para uso da Grande Loja de Londres. A partir de então a Maçonaria adotava uma forma de organização política que deveria conservar daí por diante.
 
Atualmente a Maçonaria Especulativa conhece dois sistemas de organização política: o Sistema Obediencial Grande Loja e o Sistema Obediencial Grande Oriente, cada um com suas características próprias que os distinguem um do outro.
 
O Sistema Obediencial Grande Oriente compreende as Potências ou Obediências Maçônicas Simbólicas constituídas e organizadas à forma de governo do estado democrático em que "todo o poder emana do povo e em seu nome será exercido", tendo Poder Executivo, exercido por um Grão Mestre, Poder Legislativo, representado por uma assembléia constituída de representantes das Lojas jurisdicionadas, e o Poder Judiciário, todos "distintos e harmônicos entre si".
 
O Sistema Obediencial Grande Loja – o mais difundido pelo orbe terrestre – engloba as Potências ou Obediências Maçônicas Simbólicas cujas constituições se moldam na forma de organização política adotada pela maçonaria inglesa; pela Grande Loja Mãe da Inglaterra. A chefia do governo da fraternidade nas Grandes Lojas é confiado a um Grão-Mestre e os poderes legislativo, administrativo e litúrgico a uma Grande Loja ou Assembléia Geral da Fraternidade constituída pelos Veneráveis e Vigilantes das Lojas a elas jurisdicionadas.
 
DOUTRINA E REFUTAÇÕES BÍBLICAS
 
Ainda que declaradamente a  Maçonaria não assuma ela é uma religião. Dotada de uma visão politeísta (Sistema religioso que admite muitas divindades; paganismo.), ela é sincretista (mistura de várias religiões contrárias entre si) e monista (Doutrina segundo a qual tudo o que existe se reduziria a uma entidade primordial permanente). Tem como base a Loja Azul, que podemos chamar de a "capa do livro". Dividida em três hierarquias (Aprendiz, Companheiro e Mestre), são rasos conhecedores da verdadeira doutrina. Saindo da loja, passamos a divisão em dois ritos, o de Iorque e Escocês. O grau mais elevado é o 33º, que no Brasil é chamado Grande Inspetor Geral. As doutrinas são chamadas Landmarks (pontos de referência), e de forma geral resumem-se a três pontos: Paternidade de Deus, Fraternidade Universal e Imortalidade da alma.
 
DEFINIÇÃO (TIRADA DO DICIONÁRIO DA MAÇONARIA WILMSHURST THE MEANING OF MASONRY)
 
"É um sistema sacramental que, como todo sacramento tem um aspecto externo e visível, consistente de seu cerimonial, doutrina e símbolos, e outro aspecto interno, mental e espiritual, oculto sob as cerimônias, doutrinas e símbolos, e acessível só ao maçom que haja aprendido a usar a imaginação espiritual e seja capaz de apreciar a realidade velada pelo símbolo externo").
 
A Maçonaria transforma Deus em algo genérico, que atende a todos os gostos.
 
PORQUE O CRISTÃO NÃO PODE SER MAÇOM
 
1.  A maçonaria ensina a paternidade universal de Deus e a Bíblia não - João 1:12
 
2.  A maçonaria crê numa concepção vaga de Deus, um Deus sem rótulo, a tal ponto do G.A.D.U. poder ser: Deus, Jeová, Buda, Alá, Shiva, Brahma e até Lúcifer como defende Albert Pike. A Bíblia fala do Deus único, vivo, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo.
 
3.  A maçonaria não crê no Deus trino: Pai, Filho e Espírito Santo. A maçonaria não crê na divindade de Cristo e do Espírito Santo.
 
4. A maçonaria não crê em Jesus Cristo como o único redentor da humanidade. A salvação é dada a todo bom maçom mesmo que este renegue a Jesus Cristo.
 
5.  A maçonaria crê numa divindade que transige com doutrinas heréticas e heterodoxas. O G.A.D.U. recebe como filhos os budistas, idólatras, feiticeiros, rosa-cruzes, mórmons, hindus, mulçumanos, espíritas...
 
6.  A maçonaria crê numa divindade híbrida. No grau do Arco Real, rito York, a palavra perdida e sagrada para Deus é encontrada e revelada: JABULOM (Jeová + Baal + Osíris). Isso é uma forma de blasfêmia.
 
Rev. Hernandes Dias Lopes
Pastor da 1ª Igreja Presbiteriana de Vitória – ES
 
FRATERNIDADE UNIVERSAL
 
A consequência natural da paternidade de Deus, é a ideia de que todos os homens são irmãos espirituais . Encontramos neste ensino a natureza humanista da Maçonaria. Através desta afirmação, os maçons fazem do homem um ser divino, que através do autoconhecimento pode chegar ao conhecimento de Deus. Com isso incentivam a fé no próprio homem, elevando-o ao nível de Deus, tornando-o passível de adoração.
 
A maçonaria ensina que as boas obras podem levar o indivíduo a atingir um padrão tão elevado de moral, pureza e justiça que, ao morrer, ingressaria na loja celestial. Isso contradiz a Palavra de Deus, que revela a salvação pela graça.
 
ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO
 
A Maçonaria tem em mãos um grande trunfo para crescimento numérico: os segredos.
 
A maioria dos adeptos adentram a Maçonaria por curiosidade. A promessa de revelação de grandes segredos atraem muitos como açúcar atrai formiga. Quando alguém detém mais conhecimento que outros tem sobre este certo poder. Não é por menos que a maioria dos maçons são homens de destaque social, o que constitui também um atrativo. A coisa toda funciona como uma teia de aranha, onde as moscas cada vez mais se prendem.
 
LITURGIA (RITUAL)
 
O ritual maçônico é a vestimenta de sua doutrina. Ele não é fácil de se definir, pois varia de jurisdição e rito. Passando por uma evolução constante, não se prendeu mais a um, mas a muitos rituais. 
 
As reuniões, ou capítulos, constituem-se em uma abertura com cânticos. Declara-se então postos e funções dos oficiais, os quais são honrosamente apresentados. São lidas as minutas, membros doentes são mencionados e se há algum a ser iniciado, assim se faz. Isso leva em média duas horas, sendo seguida de uma hora social. Estes rituais tem um claro intuito de aliciar mais membros. O que passar disso é secundário. 
 
METODOLOGIA PARA ALCANCE
 
A Maçonaria é com certeza um "osso duro de roer". O simples fato de haver cristãos ali envolvidos nos mostra o quão perigosa esta religião é. Creio no entanto, que alguns crentes que adentram nesta religião, o fizeram por ignorância. Muitos conhecem apenas a "capa do livro". Com amor e oração, mostrando-lhes a verdade acerca da Maçonaria, pode ser que, sendo realmente novas criaturas, deixarão este caminho. 
 
A partir do testemunho dos que já foram maçons, outros poderão enxergar a verdade. Afinal, ao abandonarem os pactos de sangue, feitos dentro da Maçonaria, para realmente viverem sob o sangue do Cordeiro, será provado que Jesus é maior que qualquer aliança. A prova concreta disso são ex-maçons e seus livros de alerta as Igrejas. 
 
CONCLUSÃO
 
A partir deste resumo podemos concluir que a Maçonaria não é um grupo interessado no bem estar do homem, voltada para ideais filosóficos, filantrópicos, educativos e progressistas. É uma sombra que, ao meu parecer, constitui uma das mais fortes religiões do globo, pois em si compreende membros de todas as outras (inclusive evangélicos). É abrangente em suas ideias como a Nova Era, mas também tão concreta quanto a Igreja Romana.
 
Não é uma simples corrente filosófica, mas uma instituição, não se identifica como religião, mas como braço da mesma. Com essa camuflagem, têm a vantagem de crescer em qualquer campo, até mesmo em nossas Igrejas.
 
Sua ação discreta nos lembra Al Paccino, na auto descrição de seu personagem Milton em "O advogado do Diabo", o qual era o próprio Lúcifer: "Eu entro nos lugares sem ser notado". A Maçonaria está no mundo a alguns séculos, e sem que nós saibamos, tem sido o "Ventríloquo" de muitos personagens históricos. É preciso um posicionamento firme e declarado contra este "tumor maligno" dentro da Igreja Evangélica. Pois de pouco valerá lutar contra seitas e mais seitas, sendo que sua "Nave mãe" está aterrissada em nossos templos.
 
Rev. Alberto Matos 
 
MAÇONARIA: DUAS ORGANIZAÇÕES, UMA VISÍVEL, OUTRA INVISÍVEL
 
Muitos homens bem intencionados são membros dessa sociedade visível sem saberem absolutamente nada da sociedade invisível. Na verdade, Albert Pike, um dos mais importantes autores maçons, teve algumas coisas a dizer sobre os irmãos da sociedade visível:
 
"A Maçonaria, esconde seus segredos de todos, exceto dos adeptos e sábios, ou eleitos, e usa falsas explicações e falsas interpretações sobre seus símbolos para enganar aqueles que merecem somente ser enganados; para esconder a verdade, que chama de Luz, e afastá-los dela." 
 
Pike diz que "a Maçonaria é uma religião, da ordem dos mistérios satânicos. A Maçonaria esconde seus segredos dos irmãos que estão na sociedade visível exterior, independente do grau deles; somente os eleitos na sociedade invisível interna é que conhecem a verdade. Os pobres irmãos na sociedade visível recebem uma dieta de falsas explicações e falsas interpretações de seus símbolos - Por que razão? Esses pobres homens na sociedade visível merecem somente ser enganados". 
 
Se, no início de sua participação na Maçonaria, um homem demonstra venerar Jesus Cristo, ele será imediatamente colocado na sociedade visível e nunca aprenderá a verdade. Nunca será considerado um adepto, ou um sábio, ou um dos eleitos, pois esses termos são reservados somente para os membros da sociedade invisível. Ele será um daqueles que aprendem mentiras sobre as doutrinas da Maçonaria e que deliberadamente, recebem falsas explicações sobre seus símbolos, para que simplesmente PENSEM que conhecem a verdade.