Adventistas Do Sétimo Dia

10-12-2015 12:41
Introdução
 
Willian Miller: Nasceu em, 1782 em Pittsfield, estado de Massachussetts (EUA), pastor batista no Estado de Nova Iorque, dedicou-se ao estudo detalhado das escrituras proféticas. Convenceu-se de que Daniel 8.14 se referia à vinda de Cristo para "purificar o santuário". Calculando que cada um dos 2.300 dias representava um ano, tomou como ponto de partida a carta de regresso de Esdras e seus compatriotas a Jerusalém e 457 a.C., e chegou à conclusão de que Cristo voltaria à terra em 1843. Isto foi em 1818.
 
O fracasso de Miller
 
Por um quarto de século, Miller proclamou essa mensagem. O interesse dos crentes em relação à mensagem era crescente e o número deles ia de cinqüenta a cem mil pessoas preparando-se para o fim do mundo. Muitos crentes doaram suas lavouras, e se prepararam para receber o Senhor no dia 21 de março de 1843. Chegou o dia e o evento esperado não aconteceu.. Miller revisou os seus cálculos, descobriu um erro de um ano. Devia ser no dia 21 de março de 1844. Ao chegar essa data, nada aconteceu. Uma vez mais um novo cálculo indicou que seria o dia 22 de outubro do mesmo ano. Porém essa previsão também falhou.
 
O Arrependimento de Miller
 
Miller, dando toda a prova de sua sinceridade e honradez, confessou simplesmente que se havia equivocado em seu sistema de interpretação bíblica. É preciso certa grandeza de alma, ou graça do Senhor para reconhecer abertamente seu próprio erro. Miller a teve e não mais tratou de defender a interpretação que havia proclamado por um quarto de século. Porém nem todos os seus discípulos estavam dispostos a abandonar a sua mensagem. Dos muitos que o haviam seguido, três se uniram para formar uma nova Igreja, baseada numa nova interpretação da mensagem professada por Miller.
 
O desenvolvimento da seita
 
O dia depois "da grande desilusão", Hiram Edson um fervoroso discípulo e amigo pessoal de Miller, teve uma "revelação". Nela compreendeu que Miller não estava equivocado em relação a data, mas sim em relação ao local. Disse que Cristo havia entrado no dia anterior no santuário celestial, não no terreno, para fazer uma obra de purificação ali. Edson partilhou com outros membros de seu grupo as "boas-novas". Outros dois grupos se uniram a essa nova revelação: um dirigido por Joseph Bates que dava ênfase a guarda do Sábado e outro dirigido por Ellen G. White, que dava ênfase aos dons do Espírito. Dessa forma começa os Adventistas do Sétimo Dia (Sabatistas).
 
Embora o nome "Adventista do Sétimo Dia" tenha sido escolhido em 1860, a denominação oficialmente foi organizada em 21 de maio de 1863, quando o movimento compunha-se de cerca de 125 igrejas e 3.500 membros. Em um século e meio, a Igreja Adventista do Sétimo Dia cresceu de um grupo de pessoas que estudavam a Bíblia para uma comunidade mundial em 2005, totalizando mais de 14 milhões de membros e outros 6 milhões de simpatizantes espalhados em 203 países do globo.
 
As revelações de Ellen White
 
As revelações de Ellen White contribuíram com a formação das doutrinas dos adventistas, e seus escritos contribuíram grandemente para a expansão da Igreja. Ela e seu esposo disseminaram amplamente seus ensinos proféticos e doutrinários por meio de revistas e livros. Embora a Igreja adventista afirme que a Bíblia é sua autoridade doutrinária, ainda crê que Deus inspirou Ellen White em sua interpretação das Escrituras e em seus conselhos, conforme se encontram em seus livros.
 
Dizem os adventistas: 
 
"CREMOS QUE: ... Ellen White foi inspirada pelo Espírito Santo, e seus escritos, o produto dessa inspiração, têm aplicação para os adventistas do sétimo dia...
NEGAMOS QUE: A qualidade ou grau de inspiração dos escritos de Ellen White sejam diferentes dos encontrados nas Escrituras Sagradas." (Revista Adventista, fev. 1984, p. 37)  
 
Obras da Sra White
 
Como já dissemos, os livros da Sra. White são considerados "inspirados" por Deus e no mesmo nível da Bíblia, que citam apenas para comprovar o que ensinam, buscando versículos ou passagens isoladas. O livro "O Grande Conflito" é considerado a obra prima da Sra. White e recomendam-no largamente. Tal livro já foi editado em mais de 30 línguas com uma vendagem superior a dois milhões de exemplares. Entre outras obras, as mais importantes são: Vida de Jesus, Patriarcas e Profetas, Veredas de Cristo, O desejado de Todas as Nações.
 
As Doutrinas do Adventismo
 
Os sabatistas misturam algumas verdades com seus abundantes erros, daí podem enganar aos que com sinceridade se lançam em busca da verdade. Normalmente, citam a Bíblia, porém sem o cuidado de examinar o contexto. Embora muitas de suas doutrinas estejam corretas, existem outras que desviam o crente do caminho real. Convém que os membros das Igrejas evangélicas conheçam essas doutrinas e saibam como refutá-las, tendo em vista que eles também se dedicam ao proselitismo entre as Igrejas Evangélicas. Veja Mateus 23.15.
 
a) A expiação incompleta:
 
Os adventistas ensinam que Jesus entrou no santuário celestial no ano de 1844, e agora está cumprindo a obra de expiação. Esta doutrina é uma adaptação das Escrituras num esforço para justificar as previsões errôneas de Miller. Não duvidamos da sinceridade dos que creram haver achado uma solução para o problema nessa "revelação" de Edson, porém ela não concorda com as Escrituras. A Bíblia ensina que Jesus penetrou no santuário celestial ao ascender ao céu e não no ano de 1844. (Hebreus 6.19-20; 8.1-2; 9.11-12, 23-26; 10.1-14).
 
b) Nossos pecados lançados sobre Satanás?
 
Os adventistas ensinam que o bode emissário de Levítico 16.20-26 simboliza Satanás. Todas as nossas iniquidades serão carregadas pelo diabo. Segundo eles durante o milênio, Satanás, levará sobre si a culpa dos pecados que fez o povo de Deus cometer, e será confinado e esta terra desolada e sem habitantes. Parece fantástico que alguém que se diz evangélico aceite doutrina tão contrária ao evangelho. Será que não se dão conta das implicações de tal ensino? Isto faria o diabo nosso co-salvador com Cristo, a expiação de nossos pecados seria realizada em parte por Cristo e em parte por Satanás. O simbolismo real desta passagem mostra Cristo levando sobre si os nossos pecados. Veja João 1.29; Isaías 53.6; Hebreus 10.18; João 19.30; 2 Coríntios 5.21; Romanos 8.32.
 
c) O Sono da Alma:
 
Os adventistas ensinam que as almas dos justos dormem até a ressurreição e o juízo final. Este "sono da alma" é um estado de silêncio, inatividade e inteira inconsciência" . Baseiam esta crença principalmente em Eclesiastes 9.5, que diz: "Os mortos não sabem coisa nenhuma". O contexto demonstra que o autor deste versículo está falando sobre a relação dos mortos com a vida terrena e não sobre o estado da alma depois da morte. Leia os versículos 4 a 10 desse capítulo. Provas bíblicas da consciência da alma depois da morte acham-se nas palavras de Paulo quando diz que ao deixar o corpo estaria com o Senhor, conforme Filipenses 1.23-24; 2 Coríntios 5.1-8. Veja também Lucas 16.19-31; Lucas 23.43. No monte da transfiguração, Moisés não estava "silencioso, inativo e totalmente inconsciente" enquanto falava com Cristo, conforme Mateus 17.1-6. Veja ainda Apocalipse 6.9-11.
 
d) A observância obrigatória do Sábado:
 
Os adventistas ensinam que os cristãos devem observar o Sábado como o dia de repouso, e não o Domingo. Crêem que os que guardam o Domingo aceitarão a "marca da besta". A senhora White ensina que a observância do Sábado é o selo de Deus. O selo do Anticristo será o oposto a isto, ou seja, a observância do Domingo. Vemos, pois, que o Sábado é uma parte do pacto especial feito entre Deus e Israel (Ezequiel 20.10-13). O próprio Moisés explicou que era um memorial de sua libertação da terra do Egito. Ao repousar de seu trabalho semanal, deviam recordar como Deus lhes havia dado o repouso da dura servidão do Egito (Deuteronômio 5.12-15).
 
Se alguém deseja guardar o sábado, que o faça segundo prescreve o Antigo Testamento, assim: não ferver ou assar comida (Êxodo 16.23); não sair de casa nesse dia (Êxodo 16.29); não acender fogo (Êxodo 35.3); não viajar (Neemias 10.31); não carregar peso (Jeremias 17.21); não exercer o comércio (Amós 8.5). A violação de tais preceitos torna o infrator sujeito à maldição da lei e à pena de morte (Êxodo 31.15; Deuteronômio 27.11-28; Gálatas 5.1-5; Tiago 2.10).
 
O Sábado foi abolido
 
A palavra profética previa a chegada do Novo Concerto (Jeremias 31.31-33) e o fim do Sábado que se cumpriu em Jesus (Colossenses 2.14-17). Por essa razão, o Sábado não aparece nos quatro preceitos de Atos 15.20-29. O texto de Colossenses 2.16-17 deita por terra todas as teses dos adventistas. Paulo parece que está escrevendo aos adventistas quando escreve aos Colossenses e trata de livrá-los dos enganos dos judaizantes que queriam fazê-los guardar a lei. O livro inteiro ressalta que a salvação não é pelas obras da lei, mas pela fé em Cristo.
 
Conclusão
 
O discutir com os adventistas não dá nenhum bom resultado. Estão bastante preparados para discutir e convidam a discussão. Recorde-se que as discussões somente fazem que a pessoa resolva defender melhor a sua própria doutrina. É quase certo que o adventista citará Apocalipse 14.12 e 1 João 2.4, para provar que devemos guardar o Sábado. Para isto devemos mostrar-lhes quais são os mandamentos de Deus no Novo Testamento. Que ele mesmo leia 1 João 3.23; João 6.29; Romanos 4.5; Gálatas 2.16; João 13.34-35; 5.10; Romanos 13.8-10 e Apocalipse 22.14. Procure fortalecer sua fé na obra perfeita de Cristo e Ele vai guiá-los a um repouso perfeito Nele, fazendo-os ver que agora a pessoa pode ter a certeza da salvação.